terça-feira, 23 de agosto de 2011

Manejo integrado contra doenças de verão » Notícia » Portal do Agronegócio


Para combater as principais doenças que afetam a cultura do milho no verão, os produtores devem tomar alguns cuidados. Entre eles, o manejo integrado, que busca alta produtividade, diminuindo o custo de produção e protegendo o meio ambiente. Segundo Ricardo Casa, engenheiro agrônomo e doutor em fitopatologia da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), as principais doenças que atacam a cultura do milho no verão na Região Sul do Brasil são as podridões do colmo e as podridões de espiga, principalmente no sistema plantio direto, seguidas das doenças foliares.

No entanto, de um modo geral, podemos classificar quatro grupos de doenças nas culturas do milho. As primeiras são as doenças relacionadas à germinação e emergência de plantas, provocadas pela deterioração de sementes. Nesse caso, são encontrados fungos na semente e no solo. No sul do país, a situação se agrava em cultivos de solo úmido e frio, tradicionais nas regiões de altitude — afirma o engenheiro.

De acordo com ele, o segundo grupo abrange as podridões da base do colmo, doenças de praticamente final de ciclo da cultura e que vêm agravando na Região Sul em função do plantio direto e da sucessão do cultivo do milho sobre gramínea de inverno, como o trigo e aveia, principais hospedeiros de doenças como a giberela e a antracnose.

Nessas duas últimas safras, tivemos situações agravantes com podridões de espiga que, consequentemente, levaram ao incremento da incidência de grãos ardidos. Esses grãos são indesejáveis para o produtor, pois na hora de serem comercializados, sofrem descontos de valor. Isso tem um agravante marcante, principalmente para os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que dependem bastante da produção de grãos que são desenvolvidos para a agroindústria — conta Casa.

Já o quarto grupo, como fala o engenheiro, abrange as doenças foliares. Ele diz que, nas últimas duas safras do sul do Brasil, ocorreram precipitações pluviais e dias de chuva que favoreceram a severidade das doenças foliares.

De modo geral, o sistema de manejo integrado preconiza todas as estratégias de controle disponíveis pela pesquisa, buscando a alta produtividade, diminuindo o custo de produção e protegendo o meio ambiente. As principais estratégias são o uso de sementes sadias e tratadas com fungicidas em doses eficientes, o que costuma ser feita pela empresa produtora de sementes. Quando ocorre o problema de deterioração de sementes ou plantas emergentes, isso pode estar associado às sementes ou problemas de solo — explica.

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